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Jigoro Kano

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Nasceu a 28.10.1860 em Mikage, perto de Kobe, baía de Osaka, mas o seu desenvolvimento educacional e cultural realizou-se em Tóquio, sob a égide do governo Meiji. Jigoro Kano mostrou no decurso da sua escolaridade uma particular afinidade pelas línguas estrangeiras. Aos 15 anos ingressou numa escola de línguas estrangeiras e aos 17 ingressou na Universidade de Teikoku (Imperial) de Tóquio.

Na Universidade, Jigoro Kano estudou Ciência Política, Economia, Educação Moral e Estética, tendo a sua vivência universitária contribuído para valorizar fortemente a mais valia da educação.

Em 1882, foi nomeado professor no Gakushuin (Escola privada para a nobreza). Neste mesmo ano criou a escola preparatória, com o intuito de formar o carácter dos jovens que aí residiam (Kano Juku) e a escola de Língua Inglesa (Kouburkan). Quatro anos depois foi nomeado professor em chefe do Gakushuin. Em 1891, foi nomeado Director da Escola Intermédia do Quinto e da Escola Superior de Kumamoto, tendo em 1893 assumido o cargo de Director da Escola Secundária para Professores de Tóquio, atualmente Universidade de Tsukuba (Kano, 1986).

Paralelamente a toda esta actividade educacional e política, Jigoro Kano, ainda enquanto jovem estudante da Faculdade de Literatura da Universidade de Tóquio, manifestava uma grande inquietude acerca de um método antigo de luta, o Ju-Jitsu. Tendo sido sempre um rapaz de fraca constituição física, pensava que tal arte marcial lhe poderia trazer a solução para a sua inferioridade física, nas lutas entre estudantes. Jigoro Kano considerava que a educação se baseava em três componentes:

  • 1. Educação do conhecimento;

  • 2. Educação moral;

  • 3. Educação física.

Assim, estabeleceu um departamento de Educação Física e iniciou uma grande variedade de desportos, realizando um grande festival anual de desporto, aparecendo na escola uma grande variedade de secções desportivas, incluindo desportos estrangeiros como, ténis, beisebol, futebol e desportos náuticos. Através destas actividades, que expandiram o Desporto e a Educação Física, tanto dentro como fora da escola, o nome de Jigoro Kano assumiu grande protagonismo na sociedade Japonesa em geral.

Em 1909, o Japão foi formalmente convidado pelo Barão Pierre de Coubertin a participar no Comité Olímpico Internacional. Como representante do Japão e primeiro membro Asiático foi eleito Jigoro Kano. Não havendo uma organização geral dos desportos no Japão, e, consequentemente, não havendo atletas que pudessem competir a um nível tão elevado, foi fundada, em 1911, a Associação Atlética Amadora do Japão, de que Jigoro Kano foi nomeado primeiro presidente.

O Japão iniciou a sua participação olímpica em 1912, nos Jogos Olímpicos que se celebraram em Estocolmo, na Suécia, servindo para catapultar uma ampla expansão e desenvolvimento desportivo. Jigoro Kano continuou o seu labor em prol do olimpismo, deslocando-se várias vezes ao estrangeiro, quer para as reuniões do Comité Olímpico Internacional, quer para as Olimpíadas.

Em 1938 e em prol do trabalho de Jigoro Kano, o Comité Olímpico Internacional decidiu formalmente celebrar os XII Jogos Olímpicos de 1940, em Tóquio. A 4 de Maio desse ano Jigoro Kano faleceu a bordo de um barco de regresso ao Japão, embalado com este feliz conhecimento. Ironicamente o evento não se realizou em virtude da eclosão da 2.a Guerra Mundial. Só em 1964 o Japão foi anfitrião dos XVIII Jogos Olímpicos.

Em 1878, quando completara dezoito anos, a Escola Tenshin-Shinyo Ryu e o seu mestre Fukuda aceitam-no como aluno. Dois anos mais tarde, e por óbito do mestre Fukuda, recebe lições de Masamoto Iso, filho do fundador da escola. Quando este faleceu, decidiu praticar com Tsunetoshi Jikubo, da escola de Kito, que baseava a sua técnica fundamentalmente em técnicas de projecção.

Mercê da educação superior da nova era que Kano estava a receber, adquiriu um espírito moderno e prático. Enamorando-se pelo Ju-Jitsu, pensava que este deveria ser preservado como um tesouro cultural Japonês, se bem considerasse que deveria ser adaptado aos tempos modernos. A sua formação académica e intelectual servia-lhe para analisar as técnicas e discernir o útil do inútil, o eficaz do ineficaz, procurando extrair o melhor das técnicas, que aprendeu a melhorar com as suas próprias observações e criações, fundindo muitas subtilezas do Ju-Jitsu com o espírito daquela nova era, e transformá-lo como uma força de educação física e cultural para o seu povo e o resto do mundo.

O facto de o Ju-Jitsu, a par da disciplina e moral públicas, estarem em declive nesta nova época, havendo amiúdes combates violentos entre praticantes e demonstrações públicas como de shows se tratasse, Jigoro Kano decidiu chamar ao sistema que criou JUDO, para o diferenciar do ju-jitsu antigo.

Em 1882 fundou o KODOKAN (Ko= ensinar, Do= caminho, Kan = lugar), passando a dedicar a sua vida a trabalhar para a expansão do judo, primeiramente no Japão e depois em todo o mundo. Alguma das razões desta sistematização e fundação, foram desenvolver as suas próprias ideias, durante os anos de intensas rivalidades entre as várias correntes e escolas de ju-jitsu, bem como fundir o antigo com o novo, criando novos métodos e técnicas de treino e forçando novas vias de pensamento, pois, aparte as considerações técnicas, Kano era possuidor do conhecimento das tendências Europeio-Norte Americanas em educação, assim como em desporto, dando uma importância relevante a elementos do pensamento moderno ocidental.

O Judo Kodokan não contemplava só as práticas físicas, mas também, e de acordo com o seu ideal, uma educação moral e intelectual, promovendo conferências abordando temas como fisiologia, psicologia, educação moral, etc. Existia também uma secção de perguntas e respostas, a qual era inaudita no sistema Japonês do seu tempo. Tal curriculum reflectia a ideia de uma aproximação ao estudo do Judo de uma ampla base que conduzisse a um completo desenvolvimento pessoal e não a uma formação como mero combatente.

Pretendia assim que o Kodokan fosse um lugar de aprendizagem de uma educação geral, através do Judo. Um dos acontecimentos mais importantes para o Judo dá-se por volta dos anos de 1885 e 1886, altura na qual o Judo Kodokan participa num torneio aberto a todas as escolas de ju-jitsu, patrocinado pelo superintendente da polícia, e em que os judocas obtêm uma vitória retumbante. Esta vitória catapulta o Judo e provoca a sua expansão. Ao novo desporto, mercê do seu fundador, preocupado em manter a identidade dos métodos clássicos e desejoso de evitar os perigos do combate, foram definidas regras para um combate educativo, tendo sido precedido de várias adaptações e supressão de todas as técnicas julgadas perigosas, com o intuito de preservação da integridade física dos praticantes.

Neste contexto, foi aperfeiçoada a forma de cair, que era primitivamente muito traumatizante. A inovação reputada como a mais importante deu-se com a obrigatoriedade de os combatentes terem de se agarrar para iniciarem a luta, reduzindo a distância entre contendores e modificando a modalidade de duelo.

Jigoro Kano reforça desta maneira o auto-domínio e garante um maior controlo do risco e do perigo, passando a habilidade para controlar o oponente, o suficiente para assegurar a sua queda, a demonstrar ao mesmo tempo, o grau de superioridade do lutador.

Jigoro Kano, respeitava dois métodos utilizados para a prática e estudo do Judo, a saber: Katas – método de estudo das técnicas de Judo numa ordem e métodos pré estabelecidos, permitindo o entendimento correcto da base de cada técnica individual.

Até 1907, os conteúdos de 6 Katas estavam ordenadas em:

  • 1. Nage no kata – Formas de projecção;

  • 2. Katame no kata – Formas de controlo;

  • 3. Kime no kata – Formas de decisão;

  • 4. Ju no kata – Formas de flexibilidade;

  • 5. Ko shiki no kata – Formas antigas e

  • 6. Itsutsu no kata – Formas dos 5 elementos.

A partir de 1956, foi implementado o Kodokan Goshin Jutsu – Formas de auto-defesa do Kodokan.Randori (prática livre) método de estudo do Judo mediante ataques e defesas reais aplicadas durante movimentos livres com um oponente.

O Professor Jigoro Kano era filho de samurai e frequentou algumas escolas de Ju-Jitsu da época, onde obteve vários ensinamentos. O que de facto diferenciou o Judo Kodokan foi o método organizado para aprendizagem desta modalidade de luta. Na escola Kyto-Ryu ele aprendeu técnicas de projecção (Nague-waza) e quando seu mestre veio a falecer, Kano herdou os livros de seu professor e sistematizou as técnicas segundo a acção principal, subdividindo-as em: Ashi-waza, Koshi-waza, Te-waza, Sutemi-waza e Atemi-waza. Esta divisão demonstra a preocupação pedagógica para o processo de ensino das técnicas. No que respeita às técnicas de domínio no solo (Katame-wazà), o Professor Jigoro Kano aprendeu e modificou-as a partir dos ensinamentos obtidos na escola Ten-shin-shinyo-ryu (Coração de Salgueiro). As técnicas mais perigosas, como as chaves de articulação que atacavam não apenas o cotovelo, bem como outras igualmente perigosas para a integridade física do praticante, não foram incorporadas pelo Judo Kodokan.

A difusão do Judo deve-se aos discípulos do Professor Jigoro Kano, que percorreram o mundo ensinando este método de Educação Física.

Jigoro Kano, apesar de Mestre de uma arte de combate, era também um pedagogo, conseguindo planificar o Judo, fundamentalmente, de uma forma acentuadamente educativa, inovando, rompendo com as ideias feudais, mas conservando o melhor de épocas anteriores. Assim e dada a sua cultura, conseguiu organizar e conceber o conhecimento de forma diferenciada da utilizada por outras artes marciais, rompendo com o secretismo de um círculo restrito do ensino e conhecimento, dando a maior expansão possível de forma a alcançar a humanidade na sua totalidade.

Os princípios que elegeu para o desporto que sistematizou, sintetizou-os em duas expressões: Seiryoku Zenyou – O máximo de eficácia, com um mínimo de esforço. Jita Kyoei – Prosperidade e benefício mútuo.

Jigoro Kano, ao mesmo tempo que pretendia dar um carácter internacional ao Judo e o defendia como um fator de entendimento entre todos os países do mundo nos anos trinta do século passado, não podia deixar de se confrontar com o pensamento e a mentalidade da sociedade Japonesa, que considerava a influência das ideias democráticas ocidentais como uma ameaça contra a estrutura social e a realidade do Japão, prosseguindo, consequentemente, uma política disciplinar rígida, que mais não era que uma forma civil de militarismo. As tendências nacionalistas, em conjunto com o domínio imposto pelos seus dirigentes militares, conduziram a um clima político e social que deixava antever a guerra.

O treino das artes marciais foi posto em voga em todo o país, ajudando a formar todas as camadas populacionais no espírito da guerra. Neste contexto, Jigoro Kano foi pressionado pelo Estado para que o Kodokan fosse posto ao serviço dos interesses militaristas, em troca de importantes subsídios e apoios, mas não claudicou, não se deixando, por conseguinte, dominar e controlar pelo exército, conseguindo manter a sua independência.

À morte de Jigoro Kano, em 1938, estavam filiados 120.000 judocas, donde 85.000 eram cintos negros. No entanto, e apesar de no Japão a prática do Judo ser popular, o mesmo não acontecia no estrangeiro, só sendo digna de relevo a Grã – Bretanha onde, desde 1889 com Yukio Tani e, posteriormente, Gunji Koizumi em 1918, se encontrava um núcleo desenvolvido.

A França só em 1935 começou verdadeiramente o Judo, com Mikonosuke Kawaishi, que iniciou uma nova era no judo, sendo considerado como o fundador do Judo Europeu, não só pelas inovações que empreendeu, entre as que se destacam a diferenciação dos graus do judocas por atribuição de cores aos cintos e a classificação exaustiva de todas as técnicas de judo, quer de pé, quer no chão. Nesta classificação introduziu a numeração, tendo igualmente inventado alguns nomes para denominar variações técnicas, que eram desconhecidas no Japão e onde não possuíam identidade própria.

Por outro lado, a França tomou-se um centro onde ocorriam judocas de várias nacionalidades para fazerem a sua aprendizagem/aperfeiçoamento, e de onde partiram alguns alunos para difundir o Judo noutros países europeus, com a sua radicação nesses mesmos países.

A partir do final da 2.a guerra mundial, o Judo experimentou uma transformação muito rápida, deixando em pouco tempo de ser considerada uma esotérica arte marcial japonesa, para passar a ser considerado um desporto moderno, praticado a grande escala internacional. Esta transformação implicou mudanças profundas na sua organização, complexidade e orientação. Devem-se essencialmente a um incremento da actividade internacional, um crescente interesse na racionalização e codificação das regras de competição, produzindo-se de uma forma reflexiva uma transição entre um modelo de autoridade, principalmente carismático, para um modelo mais burocratizado. Este processo de transformação pode-se dividir em três etapas:

  • – Desde o período anterior e imediatamente posterior à 2.a guerra mundial e até princípios do ano de 1950;

  • – Desde os princípios dos anos 50 até metade dos anos 60, até o Judo se converter em desporto olímpico;

  • – Desde os finais dos anos 60 até ao presente.

 

Após a 2. guerra mundial e com a derrota japonesa, os americanos, no seu desejo de eliminar o espírito guerreiro e revanchista no Japão, proibiram todas as actividades inspiradas no Bushido (Código guerreiro). As artes marciais e o Judo foram proibidos, mantendo-se, porém a sua prática e treino, na clandestinidade.

Em 1946, o Kodokan foi autorizado, pelas tropas de ocupação americanas, a abrir as suas portas, com a condição de apresentar o judo não como uma arte marcial, mas como um desporto.

O Kodokan conheceu a sua “primeira residência” situada no Templo de Eishoji Budhist em Tóquio o seu Dojo que tinha apenas 12 Tatamis e durante o seu primeiro ano de actividade teve um total de 9 alunos tendo sido Tsunegiro Tomita o primeiro.

Em Dezembro do ano de 1893, resultado do aumento de praticantes o Kodokan muda de instalações para Shinotomisaka Cho, em 1894 é fundado o Conselho do Kodokan que funciona como órgão consultivo, 15 anos mais tarde o Kodokan transforma-se numa Fundação, sendo em 1911 criado o Departamento de Ensino.

Com a fundação da Federação Japonesa de Judo em 1949, é no Kodokan que começa a funcionar a sua sede. Com a difusão cada vez maior desta escola, no ano de 1958, dá-se a transferência do Kodokan para as actuais instalações com 1742 m2 de Tatamis divididos por 7 salas.

LIGA DE JUDÔ SC
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Palhoça - Santa Catarina

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